Mariana - Primeira Capital de Minas Gerais  
  • "Magnífica sacada esculpida em pedra-sabão."
  • "A praça Gomes Freire é um dos locais mais agradáveis de Mariana, cercado por casario do século XVIII."
  • "Na igreja São Francisco de Assis estão os restos mortais de Mestre Ataíde (sepultura 94, no chão)."
  • "O Órgão da Sé é um instrumento de valor inestimável, construído pelo alemão Arp Schnitger (1648-1719)"
  • "Em 1745 a Vila do Ribeirão do Carmo foi elevada à condição de cidade, rebatizada Mariana. Era uma homenagem a D. Maria Ana D'Austria, esposa de D.João V."
  • "A construção do ramal ferroviário até Mariana foi concluída em 1914."
  • "A Direita é a mais importante e bem conservada rua histórica de Mariana, reunindo um rico casario."
  • "Na igreja São Pedro dos Clérigos fica bem perceptível a influência italiana, nesta construção da segunda metade do século XVIII. "
  • "Antes encontrado no leito dos rios, depois nas entranhas da terra. Assim é a história do ouro em Mariana."
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A mais importante e bem conservada rua histórica de Mariana, reunindo atrações como a casa do Barão de Pontal, a casa setecentista, o museu Alphonsus ...
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Berço da Religiosidade Mineira


Texto e fotografia: Marcelo JB Resende. REPRODUÇÃO PROIBIDA.


Com a transferência da capital da província para Vila Rica, Mariana entrou em relativa decadência. A medida mais importante para reverter este quadro foi sua escolha para sede do Bispado de Minas Gerais. Sua criação ia de encontro a outro objetivo: organizar a atividade religiosa, coibindo os atos abusivos do clero. Isto acontecia pela distância do Rio de Janeiro, a cujo Bispado estava ligado. Muitos padres se ocupavam mais em encher os próprios bolsos do que em converter almas pagãs. Alguns se enriqueciam mais que os delegados da Coroa.


Clique para ampliar - cópia proibidaIgreja de São Francisco de Assis, vista de dentro da Câmara.  

A Vila do Ribeirão do Carmo foi elevada à cidade para receber o bispo. A condição gerou a necessidade de planejamento. Novas ruas e traçados conscientes. Aos majestosos prédios públicos e privados somariam-se as igrejas, fabulosas. Os rumos de Mariana passaram a ser ditados pela fé. Em Minas Gerais era proibido o estabelecimento de ordens religiosas. Sendo assim os padres eram todos seculares, ou seja, não tinham feito o voto monástico. A província aos poucos presenciava o florescer das Ordens Terceiras ou irmandades. Toda a população mineira, sem exceção, filiou-se a essas confrarias. A sociedade se dividia em brancos, pardos, negros e suas respectivas irmandades.


Não demorou muito para que estas instituições se combatessem, já que eram independentes como organizações civis. Os padres foram reduzidos a meros empregados. Regras segregavam os negros dos brancos, pardos dos brancos, negros dos pardos... Esse clima de hostilidade impulsionaria a arquitetura mineira, campo esplêndido para exercer a rivalidade. Cada qual procurava construir a igreja mais bonita, mais fabulosa. Simbolizavam na sua grandiosidade o prestígio que desfrutavam. Contratavam mestres, elevavam a arte aos céus.


Clique para ampliar - cópia proibidaCatedral Basílica da Sé.  

Mariana foi um dos palcos privilegiados da árdua disputa. As ricas irmandades do Carmo e de São Francisco levantaram suas igrejas a poucos metros uma da outra. Já as irmandades das Mercês e do Rosário, ambas de homens pretos, foram empurradas para lugares distantes da praça principal. Nem por isso são menos belas.


O conjunto arquitetônico da primeira cidade de Minas foi desenhado pelo poder do ouro, do Estado e da fé. Em suas paredes, tetos e ornamentação está impregnado um complexo jogo de interesses, daqueles que sempre estiveram intimamente ligados às relações humanas. Em Mariana uma sociedade queria nascer e conseguiu. Os sobrados, as igrejas, as ruas, chafarizes, as montanhas perfuradas... São testemunhas disso!



Clique para ampliar - cópia proibida Sacada minuciosamente entalhada em pedra-sabão.

Clique para ampliar - cópia proibida Igreja N.Sra. do Carmo
 
Clique para ampliar - cópia proibida Chafariz São Francisco.

Clique para ampliar - cópia proibida Igreja São Pedro dos Clérigos.
 
Clique para ampliar - cópia proibida Rua Direita.
 
























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